segunda-feira, 4 de julho de 2011

Os amigos da catequese


A catequese muito mais que uma orientação espiritual, teve um papel importante para mim, quando ainda tinha apenas 15 anos... trouxe-me amigos.
Foi com eles que aprendi a questionar tudo o que me rodeia, com eles explorei a minha espiritualidade e experienciei os primeiros laivos de independência.

De entre os meus amigos da catequese, houve uma menina especial que me marcou. Extremamente afável, com um sorriso bondoso com vestígios de rebeldia e um olhar curioso e convidativo. Ela era sensível, diferente. Era tímida. Escondia o que a distinguia dos outros muito mal, pois quem é especial brilha de uma outra forma, de uma forma efectivamente... brilhante.

É curioso como naquela altura nem nos aproximámos muito, apenas nos tocámos, caminhando paralelamente, mas com muita empatia e simpatia uma pela outra.
A vida foi-nos afastando, como dois ramos se afastam para dar lugar a que a árvore cresça e floresça. Ela floresceu longe de mim e eu floresci longe dela.

Demos frutos e muito mais tarde, 15 anos mais tarde, os frutos juntaram-se novamente. Somos AMIGAS. Frutos sumarentos e perfumados de uma árvore da qual não sabemos o nome, mas que nos une de uma forma muito natural.

Não duvido que seremos no futuro sementes que germinarão em harmonia, porque uma vez a parte da vida mais doce e rija partilhada, ficamos na vida uns dos outros para sempre.

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